domingo, 28 de agosto de 2016

Prometeu acorrentado

Versos proibidos
A vida me faz escrever
Se enamorou meu coração
De um inacessível ser

Mas não conformado
E de dura cerviz
Busquei conquistá-lo
Subi altas montanhas
Até avistar a musa
De olhos de fogo
Que me haviam consumido
De terna paixão
Num sonho que tivera
Tão real quanto a inveja dos deuses

Num jogo
Entrei eu para vencer
Mesmo sabendo desde o começo
Que iria padecer

Achou-me o Destino mais uma vez
e logo meu laço com ela desfez
Tal qual Prometeu acorrentado fora
Pela flor vermelha que dera aos homens
Sentenciado fui eu a viver sendo
Devorado lentamente pela dor
Que me faz pensar no que a gente poderia ser.

Lorena Barreto

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