quinta-feira, 10 de abril de 2014

Mistério de morte

Há muito esqueci quem eu sou
Hoje sou o que era
Ontem eu era alguém inexistente
O que sou estava escondido
Ah, como eu queria ser realmente
Aquele ser inexistente
Que hoje vai aos poucos esmaecendo.

Lorena Barreto

Escrito em 2010

domingo, 6 de abril de 2014

Missiva do Céu

Observe os leves passos sobre a grama
Acompanhados do frenético pulsar de um coração
Tomado por sonhos
E cheio de fôlego.

Quem vê tal criatura se pergunta
Como pode um ser tão forte
Ser tão delicado como um diamante?
Bruto brilho que reflete o sorriso cortante.

Olhar denso que pede para ser decifrado
Linhas ternas de uma face aveludada.
Mãos que tecem seus próprios segredos
E os guarda em seus mais profundos anseios

Oh, da tua força jovial cantes a doçura.
Terrena existência cheia de graça,
te escondes atrás de rija postura,
mas teus olhos não disfarçam.
Eles revelam tua essência.

Com tal incandescência cativas os que em ti
fixam o olhar, mudos muitos ficam,
sem saber o que falar.
Mas graças à existência dos poemas
que permitem expressar
o indizível que só os artífices das palavras podem contar.



Lorena Barreto 06/04/2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ilusão de Ótica

Tal qual cena - fulgor
foi quando conheci tua graça.
De tal forma teu olhar
penetrou no meu
que desde então
habitas nesta singela
casa.

Ah, já não é possível enxergar nada
além de ti,
mesmo que a mim não vejas.
E, talvez, em sua essência
é dado a conhecer que és
alvo da paixão
que te dedico.

Vou me manter atado à esperança de
(quem sabe um dia...)
habitar em você.

Lorena Barreto 03/04/2014

Poesias mais degustadas:

Que dia é hoje...