sábado, 12 de novembro de 2011

AO SER DESCONHECIDO

Desvairado amor
que sinto!
O cárcere é o teu digno lugar.
Tu que assaltas
                       son(h)os
                       sentidos
                       nortes
Te amar me faz mal
meu bem.
                       Loucura minha
                       revelada somente
ao Onisciente ser.
                       Emudeço agora
lembrei de mim.
A tua amizade
                       basta-me.


Lorena Barreto

Essência

METAMORFOSES
inerentes ao homem,
metamorfo-ser
(des)conhecido de si.
Que se destrói,
(re)constrói,
até que a insistência da borboleta
em viver no casulo
pare.

Lorena Barreto

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ponto final

Para a querida amiga Gabriella Flores

Escrevi um poema
registrado ficará.
Íntimo, em minh'alma.
Morará em mim,
morrerá comigo
lentamente...
Quem quiser conhecê-lo
leia, meus olhos dizem.

Lorena Barreto

Obrigada!

Olá amigos, agradeço vocês por acompanharem este blog de poesias. No mês de outubro, o Por um mundo de letras fez um ano! Obrigada pelo apoio que vocês me deram neste meu começo de carreira literária.
Um grande abraço!

Lorena Barreto

domingo, 17 de abril de 2011

Leve sabor


Os sons da flauta são como as palavras
Se proferidas rudemente, soam estridentes e irritantes
causando desconfortos e afastamentos
Agravando os ouvidos
Se leves sopros em harmonia
adocicam os ouvidos
Tem uns gostos agradáveis
Suaves em uma melodia
Doces como o mel mais puro
para a alma amargurada.


terça-feira, 29 de março de 2011

Não manifesto

Não quero que os meus poemas
sejam morfemas presos ao papel
Quero que sejam formas presas livres
na mente do leitor

Não quero que os meus poemas
sejam um amontoado de palavras desafinadas
feitos os violões empoeirados num canto qualquer
E nem melosos demais
Iguais aos agudos amargos da flauta doce

Não quero ser poeta máquina
que fabrica poesias para vender no mercado
Não quero ter poemas insossos
que não despertam apetite poético

Quero que os meus poemas sejam modo temporais
para que chovam sensações e pensamentos
(re)flexivos

Quero neles exalar o bom perfume
que um dia fora em mim derramado.


Lorena Barreto

terça-feira, 15 de março de 2011

Escrever poesia...

"Aos olhos dos outros, um homem é poeta se escreveu um bom poema. A seus próprios, só é poeta no momento em que faz a última revisão de um novo poema. Um momento antes, era apenas um poeta em potencial; um momento depois, um homem que parou de escrever poesia, e talvez para sempre." 


W. H. Auden

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Franco de Deus

Olá, gente. Estou aqui para publicar uma poesia feita pelo meu amigo Sérgio Ferreira. Ele também jogou com as palavras e construiu este poema que veremos.
Espero que você(s) goste(m) amigo(s)!Um abraço Sérgio!


Franco de Deus


Sem mulher e não sem motivo
Ganhou as vacas do irmão
O pai padrasto
E foi o filho entregar o leite
Como via fazer a mãe
A mãe madrasta
Sua televisão tem novo dono
O novo dono também vai mal
"Metade agora, metade no final
do mês"
Ordenhou, engarrafou o que ganhou das vacas
Vendeu... O que fez com o fruto do leite?
Verteu, em bebida, sabido gosto do rapaz
Mas sem demora nem espera
Amanhece o leiteiro jovem derrubado
Seis tiros pra derrubar um leiteiro
Que nas mãos só tinha o seu leite
Muito cedo engarrafado
Por causa de briga
Ou por querer sua metade
No negócio da televisão...
Ninguém sabe
A mãe morrera pouco antes

As vaquinhas ficam, o pai também
E a metade dos cem do Franco de Deus

Sérgio Ferreira


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